segunda-feira, 4 de julho de 2011

4:23 AM

Seria insólito se não fosse frequente
Isto se tornou uma rotina
Da qual não consigo me desvencilhar
4:23 AM
Desperto de um sono inquieto
Onde meus sonhos já não são mais contemplativos
Seria uma alvorada inquisitiva?
Me questiono sobre os motivos de tanto incomodo
4:48 AM
Minha mente acaba por ser preenchida de pensamentos destrutivos
Onde conjugo verbos de dúvida, receio e temor
Madrugo com a cabeça e o coração num turbilhão de sentimentos e sensações
Vários filmes passam em minha cabeça
Onde tento entender meus insucessos
5:02 AM
Acabo por me auto condenar, me diminuo perante minhas aflições e limitações
Chego a ser cruel quando faço meu próprio julgamento
Me achando indigna de uma segunda chance...
Clamo por respostas das quais não compreendo as indagações
Anseio por algo que desconheço
5:27 AM
Já ouço lá fora o barulho do ônibus
Que levam trabalhadores para a lida diária
O labor começa cedo nessa terra de meu Deus
Uma leve chuva intensifica o frio
Acabo por me refutar diante do que me aflige
Meus devaneios persistem em dominar minha mente
E isso acaba sendo um aditivo para aumentar minha exasperação
6:43 AM
Peço a Deus que me liberte de tal aflição
Que me permita quebrar as algemas do mal que me aflige
Tento me refazer em meu medo
Me recriar dos destroços que me encontro
7:30 AM
O despertador toca
É chegada a hora de encarar o mundo de frente
Entrar nessa guerra diária que se chama sobrevivência
Deixando de lado suposições e pré concepções
Entregar nas mãos Daquele que é o Senhor de tudo
Tudo que nos aflige e nos tira o sono
Que Ele toque meu coração
E dissipe as nuvens que persistem em assombrear meus pensamentos